Perdão!!

Perdoar...perdoar...perdoar!!! como se fosse fácil praticar esse sentimento, vamos tentando engolir,descendo atravessado,arranhando a guela, tentando esquecer aquilo que nos feriu tanto,e acabamos sim, convivendo com essa pessoa vinte e quatro horas. Se vamos dormir essa pessoa se torna nosso pesadelo...se vamos comer essa pessoa alimenta a nossa comida, se estamos num passeio lembranças nos faz chorar.Se estamos quietos os olhos estão sempre parados num ponto fixo. No nada! Se vamos viajar essa pessoa vai junto no banco do carona, estragando todos os momentos
Se não sentir dor é perdoar... essa dor deveria ser passageira, o tempo deveria ser menor e o silêncio o bálsamo da agonia.Sabemos que assim transcorre a vida: erramos, decepcionamos, somos decepcionados, pecadores e falhos...mas perdoar é tão difícil!!
Então vamos fazendo malabarismo, tocando em frente e pedindo que Deus amenize nossos corações agoniados...porque daqui a pouco vem mais decepção aí!

Rita

Rita havia anos que permanecia adormecida para o amor. Diante das decepções rotineiras de um casamento falido, sem muita vontade própria, com uma enorme tendência ao isolamento. Seguia sua vida, fazendo de sua rotina momentos proveitosos de pensamentos insanos e nessas horas se deleitava....Horas essas dedicadas única e exclusivamente a ela, ali ninguem palpitava, e tudo era permitido e parecia real.Sentada na porta de sua casa com o pessamento envolto nos seus sonhos,alguem passa e chega chamar sua atenção tamanha compostura e elegância... aquele molejo no caminhar... ergueu os olhos e a cumprimentou e seguiu seu caminho sem olhar pra trás.
Rita continuou ali pensativa.Aquele senhor não saira mais do seu pensamento. E então todas as terças Rita o esperava passar. Um dia ele não apareceu..Rita pensativa...não tinha como procurá-lo pois nada sabia sobre ele. Só lhe restou continuar sonhando. E sonhando estava, quando alguem chegou e tapou-lhe os olhos.Apalpou aquelas mãos de dedos compridos e frios, pois ventava muito e o nervoso tomava conta do seu coração. Retirou suas mãos devagar e devagar abriu um sorriso que até hoje é marca registrada no seu rosto.E nunca mais se separaram.

É só uma explicação.

Percebo que a interpretação tem todo seu lado particular, isso independe de ensinamentos, e de vivência...quando escrevo algo que parece ser muito profundo, paticular e muito íntimo, os comentários ficam restritos. Todos temem dar seu palpite,e receiosos com medo das respostas, emudecem.Mas...Eu sei que pensam, e questionam sozinhos. Bom! Quaze tudo que escrevo não se refere a minha vida. São casos que ouvi desde criança até os dias de hoje. Mesmo aqueles em que refiro na primeira pessoa...é meu jeito de escrever.São poucos textos na terceira pessoa.Sei que são muitos que passam por aqui, isso é que me move a escrever sempre...Adoro receber visitas no meu Kintal...e opiniões tambem.

São histórias...

Assim eu fui pra não mais voltar.Havia terminado o jantar. Não era muito ligada a esse tipo de tarefa no final do dia. Tenho comigo que jantar engorda e assim sou até hoje.Mas naquele dia tudo estava as avessas, tudo estava contribuindo pra dar errado e ter um final decepcionante. Enquanto todos jantavam saí fui até a rua dar uma espiada na lua...lua cheia.Estava tão clara que tive impressão que São Jorge olhava pra mim, parecendo me repreender. Fechei os olhos as imagens vinham atropelando o pensamento...as agressões verbais...as acusações, tudo aquilo me deixava sem chão. E não era acontecimento recente, já havia passado alguns anos.Tambem não era nada daquilo que foi interpretado, só que não tinha como me defender as provas eram evidentes. E naquela tortura vivida , perpetuada, eternizada, sem ter como me defender , saí em direção a rua, virei uma esquina...virei duas...sem olhar pra trás dei volta ao mundo e hoje estou aqui escrevendo pra vocês...depois continuo a história de quando eu fui pra não voltar.

Raquel.

Poderia não ser assim! Poderia chegar mais leve...poderia tambem não existir...Queria ter o poder de desviar o mal, acabar com as doenças,
tirar todas as dores dos meus semelhantes, poupar-lhes de todos os sofrimentos emocionais.
Sabendo da minha incompetência e fragilidade nesse sentido, deixando muito
a desejar, só me resta te dizer minha querida professôra de fotografia,Raquel,
que o médico que vai te operar é somente um instrumento guiado por Deus.E que
breve, breve, estará aqui ministrando novamente suas aulas.Quero ver sua volta como se tivesse ido a uma viajem qualquer,trazendo no rosto um sorriso maior do que o trazido do Pantanal.

???????????????

Segue em passos lentos...na face as marcas do tempo...as mãos trêmulas, nada faz lembrar o tempo que com grande habilidade e tenacidade manuseava seus instrumentos.
Daí saindo o resultado de um grande proficional.Sua voz repicada...ainda pronuciada com clareza revela a sua força e determinaçâo do passado. E aí uma curiosidade interpela tropeçando meus pensamentos e a pergunta que não me deixa calar, explode:
Será o que ele pensa quando alguem fala meu nome????????